Importância da participação do jovem na política é tema debate com estudantes em Ibirité
Cristiano Silveira falou sobre trajetória no movimento estudantil. (Foto: Jean Piter)
Como a política afeta a vida das pessoas e porque os jovens devem se interessar por isso. Para debater esta questão, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou audiência pública na manhã desta terça-feira (30/08/16), em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O encontro, promovido pela Comissão de Direitos Humanos, no auditório da Fundação Helena Antipoff, contou com a participação de dezenas de estudantes da rede pública da região.
Dezenas de estudantes da região participaram do encontro. (Foto: Jean Piter)
O autor do requerimento para a reunião, deputado estadual Cristiano Silveira, falou sobre sua trajetória política, desde o ingresso no movimento estudantil secundarista até o Legislativo. “Eu era estudante, assim com a maioria dos que estão aqui hoje, e não conhecia meus direitos. Ingressei então na vida pública para poder contribuir com a construção de um país melhor. Espero que, futuramente, vocês também tenham vontade de exercer cargos no Poder Público”.
Estudantes fizeram apresentação cultural na abertura da reunião. (Foto: Jean Piter)
A presidente da Fundação Helena Antipoff, Maria do Carmo Lara, destacou a necessidade de romper com os esteriótipos da política. “A política no nosso país está criminalizada. Virou sinônimo de corrupção. Simplificam na pessoa do político, mas não é bem assim. A política é na verdade a ação do bem comum. É a escola integrada, o emprego, as ações culturais e esportiva. Por isso é importante que o jovem participe para saber seus direitos e seus deveres”.
Movimento Estudantil
Scarllethy Alves se diz contra a lei da Escola Sem Partido. (Foto: Jean Piter)
A diretora de Comunicação da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG), Scarllethy Alves, falou sobre o projeto da “Escola Sem Partido”. Segundo ela, a proposta é uma ameaça à democracia. “Essa lei da mordaça é um retrocesso. Ninguém vai poder dar opinião sobre política, isso vai afastar a participação dos jovens. A política está em todas as áreas da nossa vida. Não podem tirar de nós o direito de reflexão, de organização e de participação social”.
Ravena criticou ações do governo interino. (Foto: Jean Piter)
Para Bárbara Ravena, superintendência de Intersertorialidade da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), os jovens precisam se mobilizar para não perder direitos. “Estamos passando por um momento delicado, por um golpe de estado. O governo interino está cortando programas e investimentos da educação. Isso vai tirar a oportunidade de muitos de vocês de entrarem na faculdade. É preciso lutar contra isso por meio da política”.
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