Deputados pedem ao Ministério Público investigação sobre panfletos ‘petista bom é petista morto’

O Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais (PT-MG) pediu ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que investigue a origem dos panfletos que foram jogados em frente ao Funeral House, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (5). Os papéis tinham a frase “Petista bom é petista morto”. No local, estava sendo realizado o velório do ex-senador José Eduardo Dutra (PT). Ele faleceu no domingo (4), na capital mineira, vítima de um câncer.
Também foram jogados panfletos com uma montagem de uma foto da presidenta Dilma Rousseff (PT), em que ela aparece sentada em um vaso sanitário. No papel está a frase “Só faz cagada” e também, abaixo, a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os impressos foram jogados por passageiros de um carro.
Para o secretário-geral do PT-MG, deputado Cristiano Silveira, o caso tem que ser apurado com rigor. “Estamos em uma democracia, as pessoas têm liberdade para se expressar e para criticar o governo. Mas o que vimos é crime de ódio, algo injustificável. Além disso, é um desrespeito muito grande com os amigos e familiares do ex-senador José Eduardo Dutra. Os responsáveis pelos panfletos precisam ser identificados e punidos”.
A denúncia foi entregue ao promotor Eduardo Nepomuceno. Além, de Cristiano Silveira, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, estiveram no Ministério Público os deputados Rogério Correia e Durval Ângelo, e a presidenta do PT-MG, Cida de Jesus.
Voos do ex-governador Aécio Neves
Durante a visita ao Ministério Público, também foram entregues documentos relativos aos voos realizados pelo então governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), entre 2003 e 2010, em aeronave oficial. De acordo com levantamento feito pelo Governo do Estado, no período, o tucano viajou 123 vezes para o Rio de Janeiro, sendo a maioria delas entre quinta-feira e domingo. Um procedimento prévio para apurar o caso já foi aberto pela promotoria.
“Estamos entregando documentos que vão subsidiar as apurações do Ministério Público. Queremos que seja esclarecido se houve alguma irregularidade nessas viagens, que não foram poucas, e que foram feitas com dinheiro público”, disse o deputado Cristiano Silveira.