Comissão de Direitos Humanos da ALMG vai a Tumiritinga apurar conflito agrário

AVIAO TUMIRITINGA
Aeronave que caiu em Tumiritinga ficou totalmente destruída. (Foto: Divulgação / PMMG)

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Cristiano Silveira, vai a Tumiritinga, região do Rio Doce, nesta quarta-feira (15), para acompanhar a apuração sobre o conflito agrário na região. No fim da tarde dessa terça-feira (14), um avião monomotor caiu em uma ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no município, deixando duas pessoas mortas. Uma das vítimas foi identificada como Genil Mata da Cruz, prefeito de Central de Minas, de 39 anos.

 

De acordo com a Polícia Militar (PMMG) , os moradores do acampamento informaram que dois aviões de pequeno porte estavam sobrevoando a área. O terreno, invadido no último dia 5 pelo MST, pertence ao prefeito Genil Mata da Cruz. “Fomos informados de que os integrantes do avião estavam jogando coquetéis molotov no acampamento. Vamos até o local pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia para apurar o aconteceu”, afirmou o deputado Rogério Correia.

 

Os moradores relatam também à polícia que o piloto perdeu o controle do avião quando jogavam explosivos na ocupação. Outra versão apresentada, alega que integrantes do MST, teriam atirado contra a aeronave, o que teria provocado a queda. O Corpo de Bombeiros (CBMMG) foi acionado. A Polícia Civil (PCMG) também esteve no local. Os restos mortais das vítimas foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Governador Valadares.

 

“Fui informado sobre a situação no fim da tarde e logo entrei em contato com o comando da Polícia Militar. Também comuniquei o ocorrido ao Ministério Público (MPMG). Agora, juntos, vamos ao local para acompanhar as apurações do caso”, explicou Cristiano Silveira.

 

Conflito

Ao jornal O Tempo, Sílvio Netto, membro da direção do MST, disse que que os dois aviões realizam voos rasantes na ocupação, jogando explosivos no acampamento. Ele negou que alguém tenha feito disparos contra as aeronaves e afirmou que, na semana passada, o proprietário do terreno teria tentando expulsar os moradores da ocupação com um trator blindado.