Comissão de Direitos Humanos da ALMG condena ações de perseguição ao MST

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Deputados repudiaram ação contra o MST. (Foto: Jean Piter)

Um ato de solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Assim foi a audiência pública realizada na quarta-feira (09/11/16) pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião serviu para discutir o caso da ação ilegal e abusiva da Polícia Civil de São Paulo na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, na Grande São Paulo, na última sexta-feira (04). A instituição ligada ao MST foi invadida por agentes, que agrediram as pessoas que estavam no local.

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Dezenas de pessoas acompanhara a audiência. (Foto: Jean Piter)

Na ação, os policiais procuravam 14 pessoas ligadas ao MST, por supostamente terem cometido crimes como furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e irrestrito e constrangimento ilegal. Mas não havia mandado judicial para a operação. Os agentes fizeram disparos de arma de fogo para o alto e para o chão. No momento, 200 alunos estavam na escola. Duas pessoas foram detidas.

Cristiano Silveira (deputado estadual PT/MG)

Cristiano Silveira manifestou solidariedade ao MST. (Foto: Sarah Torres / ALMG)

“É uma ação inaceitável. A polícia fortemente armada invade uma escola, sem autorização da justiça, agride professores e coloca a vida de pessoas em risco. O caso tem que ser apurado e os envolvidos têm que ser penalizados. Não podemos aceitar que os movimentos sociais sejam criminalizados. Lutar por direitos fundamentais é algo que nossa constituição nos garante”, disse o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG.


Presenças

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Mesa teve presença do Governo e de movimentos sociais. (Foto: Jean Piter)

Participaram da audiência representantes do MST, OAB, Ministério Público de Minas Gerais, do Governo do Estado, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), deputados estaduais do bloco Minas Melhor, do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), do Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro) e do Levante Popular da Juventude.

Requerimento

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Estudantes também acompanharam a audiência. (Foto: Jean Piter)

Durante a audiência, a jornalista Lidyane Ponciano, representante do FNDC, lembrou que os integrantes do MST não foram ouvidos pela Rede Globo, em matéria veiculada pela emissora sobre o caso. Ela destacou que não ouvir as partes envolvidas contraria as recomendações da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).

Lidyane Ponciano sugeriu que fosse enviado um pedido de explicações à Globo sobre o fato. A sugestão foi acatada pela Comissão de Direitos Humanos da ALMG, que enviará um ofício à emissora.

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