Governo golpista de Temer promove retrocessos aos direitos humanos
Deputados pediram união dos movimentos sociais. (Foto: Vinícius Mendes)
O golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff pode ser muito prejudicial para o país, em especial para as minorias. Os cortes nos programas sociais, a censura e a repressão promovida pelo governo interino ilegítimo de Michel Temer têm provocado uma série de violações de direitos humanos. Por conta disso, é preciso uma união dos movimentos populares, das classes trabalhadoras e parlamentares para construir uma resistência contra esses retrocessos.
Essa foi a conclusão da audiência realizada nesta quinta-feira (11/08/16) pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião, que discutiu formas de enfrentamento à redução de diretos, contou com a presença de autoridades e representantes de sindicatos e de movimentos sociais.
“Temos visto em Brasília a discussão de corte de direitos trabalhistas, como férias, 13º salário, redução de salários e aumento da carga horária. Sem falar no aumento do tempo de contribuição para aposentadoria. São propostas que não podem vingar, pois vão penalizar as classe trabalhadoras do país. Não podemos deixar que esses projetos sejam aprovados”, disse o deputado Cristiano Silveira, presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Dezenas de pessoas acompanharam a reunião. (Foto: Vinícius Mendes)
Para ex-ministra de Estado das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, o golpe também é contra as minorias e busca claramente neutralizar a diversidade. Segundo ela, o atual governo golpista está colocando um fim nas políticas para negros, índios e comunidades LGBT. “Além disso estão criminalizando os movimentos sociais. Estão sendo tratados como caso de polícia e não como direitos humanos”, destacou.
Repressão policial
A coordenadora da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, defendeu a reforma do modelo policial. “É preciso repensar nossa polícia militar. Ele reprime os movimentos sociais. E vimos agora torcedores sendo retirados de estádios, sem justificativa. E depois fica por isso mesmo. O direito de liberdade de expressão e manifestação está sendo criminalizado. Um retrocesso não pode ser aceito. Precisamos resistir”.
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