Inquérito contra Anastasia apura irregularidades na desapropriação do terreno da Cidade Administrativa

Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. Data: 13/07/2010 Crédito: Gil Leonardi/Secom MG

Terreno onde fica a Cidade Administrativa pertencia ao Jockey Club. (Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG)

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) abriu inquérito contra o senador Antonio Anastasia (PSDB). O objetivo é verificar se houve irregularidades na despropriação do terreno onde foi construída a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. A ação foi aberta a pedido dos deputados estaduais Cristiano Silveira, Rogério Correia, Dr. Jean Freire e Marília Campos, ambos do PT. Eles assinaram representação entregue à Promotoria solicitando apuração do caso.

De acordo com a documentação obtida pelos parlamentares, Anastasia era sócio do Jockey Club, instituição proprietária do terreno que foi desapropriado para construção da sede do Governo de Minas. Em 2010, foi feito um acordo para pagamento de indenização de R$ 24 milhões para os sócios do clube. Na época, Anastasia era secretário de Planejamento do Estado.

 

Comissão Especial do Impeachment 2016 (CEI2016) realiza reunião para leitura do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). À mesa, relator da CEI2016, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Anastasia teria sido beneficiado pela indenização. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Em 2004, o estatuto do Jockey foi alterado de forma que os sócios inadimplentes perderam o direito a cotas. Com isso, de 10 mil, o número de sócios caiu para apenas 20. Um deles era Anastasia, que também participava do conselho deliberativo do clube, responsável pela alteração do estatuto. Em 2006, foi comunicada a desapropriação do terreno, por um valor entre R$ 8 e 12 milhões. O valor da indenização foi revisto em 2010, passando para R$ 24 milhões.

“Anastasia integrava o governo e também era sócio do clube. O que indica que ele negociou com ele mesmo nesse processo de desapropriação. Há também suspeitas de irregularidades no processo de indenização. Queremos que o caso seja apurado”, disse Cristiano Silveira.

 

Saiba mais sobre o processo: http://goo.gl/Wb7u9i

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