Situação das ocupações em Belo Horizonte será tema de audiência pública da ALMG
Cristiano propôs mediação entre os moradores e o Poder Público. (Foto: Flávia Bernardo / ALMG)
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu denúncias de suposta truculência e de possíveis irregularidades em ações de reintegração de posse em ocupações em Belo Horizonte. Os relatos foram feitos durante reunião realizada na quarta-feira (22/06).
Na última segunda-feira (20/06), os moradores das ocupações Maria Vitória e Maria Guerreira, na região de Venda Nova, foram despejados. A desocupação teria sido feita pela Polícia Militar. “As famílias foram jogadas na rua sem nenhuma dignidade”, disse Isabela Melo, do movimento Brigadas Populares. “As casas foram destruídas por trator, fogo por todos os lados, um morador foi chutado no chão por um sargento do Corpo de Bombeiros”, afirmou.
Ao contrário do que foi veiculado na imprensa, os moradores disseram que não houve nenhum contato anterior da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Segundo eles, o Executivo não apresentou nenhuma proposta. “É mentira! Eles nunca foram lá, nunca compareceram em nada”, afirmou a moradora Márcia Elina. “Tem família que está na rua e no frio até hoje”, completou.
Representantes das ocupações participaram da reunião. (Foto: Flávia Bernardo / ALMG)
Outro despejo
No bairro Filadélfia, região Noroeste, os moradores de um terreno, foram retirados do local no último dia 15. A operação teria sido feita pela Guarda Municipal, também com truculência. Um morador teria quebrado o braço por conta do uso da força dos agentes.
Providências
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Cristiano Silveira, afirmou que vai intermediar as negociações entre os moradores e o Poder Público. “Não temos condição de resolver só pela nossa atuação, mas vamos ajudar a construir uma solução. A moradia é um direito. Vamos lutar para que essas pessoas possa ser incluídas em programas de habitação”.
Ao fim da reunião, foi aprovado um requerimento para realização de uma audiência pública conjunta com a Comissão de Participação Popular para debater o tema. A data deverá ser marcada nos próximos dias. Serão convidados os dirigentes da Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab) e do Executivo Estadual e da PBH, além dos moradores das ocupações.
Com informações da Assessoria de Comunicação da ALMG.
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