Deputados visitarão a cidade de Medina para apurar caso do jornalista decapitado

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitará a cidade de Medina, no Vale do Jequitinhonha, para apurar a morte do jornalista Evany José Metzker, ocorrida no último dia 18. Na reunião desta quarta-feira (27), os parlamentares aprovaram dois requerimentos para realização de audiência pública no município, para ouvir autoridades e moradores sobre o caso. As solicitações foram feitas pelos deputados Rogério Correia e Dr. Jean Freire.
O presidente da comissão, deputado Cristiano Silveira, destacou que o caso está sendo investigado em segredo de justiça, o que inviabiliza a realização da audiência pública. “Devido a essa determinação, as autoridades que apuram o caso não poderão falar publicamente. Por isso sugeri a visita, para que os deputados possam conversar com moradores e com os responsáveis pela investigação. Dessa forma, poderemos acompanhar o caso e colaborar com informações que pudermos colher”.
A data da visita à Medina deverá ser marcada nos próximos dias.
Ouça a entrevista do deputado
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O caso
O jornalista Evany José Metzker, de 67 anos, foi encontrado decapitado, seminu e com as mãos amarradas, na zona rural de Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha. A cabeça estava a 100 metros do corpo. Ele estava desaparecido há cinco dias.
Metzker era conhecido na região por conta do blog “Coruja do Vale”. Na página, ele denunciava casos de violência e fazia críticas constantes à administração pública. A polícia local trabalha com as possibilidades de crime político ou passional.
Segredo de Justiça
Na última segunda-feira (25), o juiz da primeira vara da comarca de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, Ricky Bert Biglione Guimarães, decretou segredo de justiça para as investigações da morte do jornalista. A determinação atendeu a um pedido do delegado Emerson Morais, do Departamento de Investigações de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Minas Gerais, chefe da equipe que apura o crime. Em nota, a Secretaria de Defesa Social (Seds) informou que a solicitação foi feita devido à complexidade do caso.