As mentiras do Governo Zema

Em artigo publicado na última sexta-feira (5) apontei dados corroborados pelo Sindifisco-MG e Sinfazfisco-MG que apontam uma situação financeira muito melhor do que a previsão divulgada pelo Governo Zema, e que contrapõem as justificativas para as ameaças de falta de recursos para pagamento de salários de servidores, por exemplo.

O Governo Zema insiste em transferir a responsabilidade da crise em Minas para a gestão Pimentel, apesar de estar há um ano e meio à frente do governo, e ignora as condições nas quais o ex-governador assumiu o Estado: déficit de R$7,2 bilhões herdado pelo “choque de gestão” das administrações do PSDB, que hoje compõe largamente o atual governo, além do cenário de crise econômica mundial, com a queda de preços de commodities e redução do PIB do Estado.

Apesar de receber um Estado quebrado, o governo do PT fez todos os esforços para deixar o melhor cenário para o sucessor. Questionou a União na Justiça sobre a prática do bloqueio financeiro em caso de atraso no pagamento. A decisão saiu no início de 2019, já na gestão Zema e com ela o Governo deixou de pagar R$ 8 bilhões só no ano passado. Mas Zema não fez sua parte: no primeiro ano aumentou em 15% a dívida do Estado, que chegou a R$ 122 bilhões.

A postura da oposição nunca foi apostar no “quanto pior melhor” mas sim defender os interesses de Minas e o que é melhor para os mineiros. Votamos importantes pautas propostas pelo governo, justamente por entender a necessidade de encontrar soluções, como a Reforma Administrativa, a venda de créditos da Codemig na exploração do nióbio e a prorrogação do aumento da alíquota de ICMS de itens como cigarro e bebidas alcóolicas.

Zema adora atacar os servidores da Educação e setores do funcionalismo público, que chama de “um antro de petistas”. E penaliza esses profissionais com uma rotina de incertezas em relação ao pagamento de salários com a justificativa de uma situação financeira pior do que apontam os dados. Amplificar a crise e gerar medo e incerteza ajudam a criar um terreno favorável à sua pauta prioritária: a privatização de estatais e o sucateamento do Estado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *