Cristiano Silveira propõe programa de prevenção ao suicídio de policiais
Projeto de Lei 1.197/2019 foi protocolado nessa quarta-feira (09/10)
Os dados são alarmantes: hoje, o suicídio mata mais policiais do que confrontos violentos. É isso que afirma a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), em matéria publicada pela Folha de São Paulo na última semana. Dados que confirmam que o debate sobre saúde mental de policiais é extremamente atual e necessário. E é justamente isso o que propõe o Projeto de Lei 1.197/2019, do deputado estadual Cristiano Silveira (PT/MG), que busca instituir o Programa de Prevenção de Violências Autoprovocadas ou Autoinfligidas de policiais civis e militares em Minas Gerais.
O projeto foi protocolado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa quarta-feira (09/10). “Por estarem expostos a constantes riscos à própria vida, além da extrema tensão e responsabilidade intrínsecas à profissão, os policiais são um grupo que deve ser tratado de maneira especial. A ausência de acompanhamento psicológico adequado após a exposição a situações traumáticas, como homicídios, são fatores que agravam este cenário”, afirma o autor do projeto.
Para operacionalização do programa, o projeto prevê a criação do Serviço de Acolhimento Emergencial em Saúde Mental, pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública.
Como é o programa
O Programa de Prevenção de Violências Autoprovocadas ou Autoinfligidas prevê ações em três níveis de prevenção. A prevenção primária será destinada a todo o efetivo policial através de ações de promoção da saúde física e psíquica do policial através de programas de conscientização, criação de espaços de escuta e estímulo do convívio social.
Já a prevenção secundária visa atingir grupos de policiais que já se encontram em situação de risco de práticas de violência autoinfligidas, e prevê ações como a criação de programas de atenção ao uso e abuso de álcool e outras substâncias entorpecentes, promoção de educação financeira e organização de uma rede de cuidado que permita o diagnóstico precoce dos policiais em risco. O Programa também prevê a atenção terciária, para atender os policiais que tenham comunicado ideação suicida ou tentado suicídio.
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